Como esse cara descobriu quatro novos planetas sem um mísero telescópio

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Peter Jalowiczor trabalha numa empresa de gás natural em South Yorkshire, England. E também é o descobridor de quatro gigantescos exoplanetas, de acordo com a equipe Lick Carnegie Planet Search, da Universidade da Califórnia. Mas ele não é um astrônomo e sequer tem um telescópio. Como assim?
Ele trabalhou por três anos em sua descoberta, analisando os dados publicados pela universidade em seus dois computadores de casa, passando centenas de horas de folga na frente das telas. Jalowiczor, que tem dois diplomas em ciências mas não tem nenhum treinamento em astronomia, utilizou o processo batizado de espectroscopia Doppler, ou medição de velocidade radial. Ele explica:
Eu procurei as menores mudanças de comportamento das estrelas que só poderiam ser causadas por um planeta ou planetas orbitando nelas. Estrelas estão incrivelmente longe de nós e nenhum telescópio construído consegue ver diretamente seus discos, muito menos os planetas que giram em torno delas.
Assim, os astrônomos tiveram de procurar métodos indiretos de detecção. Se um planeta orbita numa estrela, ele cria uma pequena oscilação em seu movimento, e essa oscilação se revela na luz emitida pela estrela. Programas específicos estudam as propriedades da órbita de um planeta e precisam as medições da estrela, coletadas ao longo de vários anos, permitindo que os cientistas criem perfis de sistemas, já que os planetas se revelam de forma gradual.
De acordo com a equipe Lick-Carnegie Planet Search, o inglês é o co-descobridor dos planetas de gás HD31253b, HD218566b, HD177830c e HD99492c, sendo o último o mais perto da Terra, há 58 anos-luz de nós.

Kinect está chegando para PC, e se chama WAVI Xtion

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A PrimeSense, empresa que ajudou a criar o Microsoft Kinect, agora se uniu à ASUS para fazer basicamente a mesma coisa… só que para PCs. Infelizemente, eles chamaram o aparelho de WAVI Xtion.
A Asus acredita que isto vai tornar mais fácil o uso do PC na sala, onde o usuário fará gestos para controlar a música, vídeos, jogos e aspectos da interface. O dispositivo se conecta ao PC usando um transmissor sem fio, e fica em cima ou abaixo da sua TV, bem parecido com o Kinect.
Além do hardware, a Asus planeja criar um ecossistema de apps para o dispositivo, e espera lançar o WAVI Xtion no segundo trimestre deste ano.

Dilma quer popularizar tablets no Brasil

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Enquanto o Eike Batista não traz as montadoras da Apple para o Brasil, o governo já pensa em tablets com preço mais popular, de até R$500. Será que as fabricantes brasileiras estão prontas para isto?
Em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo, o novo ministro das Telecomunicações, Paulo Bernardo, disse o seguinte:
A Dilma falou assim: “chama os produtores nacionais de computador e faz uma negociação com eles para fornecer tablets com preço mais popular”. Preço popular seria R$ 400, R$ 500, algo que a prestação caiba no bolso.
A ideia é que fabricantes nacionais, possivelmente recebendo incentivos fiscais e de crédito, façam esses “tablets para todos”. Imaginamos que eles não sejam projetados aqui, e sim importados de países como a China – então tablets mais baratos não são exatamente irreais: o tablet Digle Web com Android era vendido por uma empresa brasileira a R$799, mas um modelo igual vem direto da China por R$299.
Dilma Rousseff é fã do iPad e de novas tecnologias, e quer massificar o acesso à internet. Tablets são uma forma de realizar isto: como sua principal função é consumir conteúdo, e como a ideia é sempre tê-los conectados à internet, se tivermos modelos nacionais mais baratos, poderíamos ver tablets por todo canto. Só tem um problema: a menos que o Plano Nacional de Banda Larga inclua um roteador Wi-Fi, será necessário incentivar as operadoras móveis a oferecer planos 3G para acompanhar o tablet. Como resolver este futuro problema?
Ainda não sabemos, mas um destaque da entrevista com Paulo Bernardo foi ver que o governo reconhece a qualidade ruim dos serviços de banda larga no Brasil:
A verdade é que o setor [de internet banda larga] fez opção de oferecer o serviço caro para poucos. E a banda é meio larga, porque a Coreia está discutindo um acesso de 1 giga, enquanto nós falamos de 1 mega.
Para começar a resolver esse problema – o “serviço caro para poucos” – o governo tem o Plano Nacional de Banda Larga, que vai oferecer, a partir de abril, planos mensais de R$15 a R$35, sempre com velocidade de 512 kbps – um serviço barato para muitos. O que muda nos planos é o consumo máximo de dados, que pode ir de 250MB até consumo ilimitado. Pode parecer pouco, mas é um começo.