Este ano, o ENEM foi uma sucessão de trapalhadas: provas com questões faltando, gabaritos trocados, questões
com erros e até
uso do Twitter durante a prova. Por isso, o exame foi
suspenso pela Justiça Federal e entidades públicas
defendem seu anulamento. Em meio a toda essa confusão, o Ministério da Educação tomou atitudes: prometeu um segundo ENEM para os estudantes prejudicados, disse que vai recorrer da suspensão pela Justiça Federal e eliminou três candidatos que usaram o Twitter durante a prova. Os três estudantes eliminados não tiveram seus nomes divulgados, mas são de Tocantins, Pernambuco e Minas Gerais. Eles podem ser processados, já que o edital do ENEM proíbe o uso de qualquer equipamento de comunicação durante a prova. No primeiro dia do ENEM, o MEC ameaçou estudantes via Twitter, dizendo: "Alunos q já 'dançaram' no Enem tentam tumultuar com msgs nas redes sociais. Estão sendo monitorados e acompanhados. Inep pode processá-los".
Segundo o Inep, nem todo mundo que estava tuitando do ENEM estava fazendo a prova: os estudantes são liberados a partir das 15h, e podem então usar o celular. Mas, segundo a Veja, teve gente - como o rapaz na imagem acima - que tuitou antes desse horário enquanto fazia a prova.
Não sei no que todo esse imbróglio vai dar. Mas fico pensando: agora que a tecnologia ajuda os alunos a colar, como os professores estão se virando? Se um exame feito pelo governo, com fiscais e confisco de celulares, não consegue controlar vazamentos, imagine um professor aplicando prova em uma sala cheia. Talvez seja questão de se adaptar?