Produtos da Apple serão mesmo produzidos no Brasil?

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Os rumores sobre uma fábrica no Brasil para produtos da Apple não param de surgir. Primeiro o jornal Bom Dia, do interior de SP, disse que foram encomendados estudos para abrir uma fábrica para a Apple em Jundiaí  (SP). Depois, a IstoÉ disse que “a Apple produzirá iPads no Estado de São Paulo”. Agora, a Exame remete a um artigo do China Times, segundo o qual alguns produtos da Apple serão fabricados no Brasil. A Veja corrobora os rumores. Mas, com tantos impostos no Brasil, e um mercado interno relativamente pequeno para seus produtos, o que a Apple ganharia com isso?
Primeiro de tudo, vale ressaltar que a Apple não fabrica seus produtos. Quem fabrica é o grupo Hon Hai, dona da Foxconn, que já está presente no Brasil nas cidades de Jundiaí, Taubaté e Indaiatuba. Nessas fábricas, são feitos alguns dos produtos da HP e Sony.
Segundo os rumores, seria criada uma nova fábrica para os produtos da Apple, em vez de usar as instalações já existentes. Primeiro o jornal Bom Dia noticiou a intenção de abrir uma fábrica para a Apple em Jundiaí, no interior paulista. O portal iG disse que o município de Lençóis Paulista poderia receber a nova fábrica, mas a prefeita da cidade, Izabel Lorenzetti, disse que “Jundiaí é uma forte candidata a ter a Apple”.
iPads made in São Paulo
Os rumores da IstoÉ e da Veja, no entanto, não mencionaram a cidade onde a fábrica seria instalada: só disseram que seria no Estado de São Paulo, e a intenção seria fabricar iPads. O colunista João Dória Jr., da IstoÉ, diz que “a decisão já está tomada” e será anunciada “em abril, pela Apple, numa audiência com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin”. A Veja corrobora o rumor, dizendo que o anúncio do governador virá “dentro de 15 dias”.
Por que o foco nos iPads? Segundo a Veja, a Apple está preocupada com a concorrência da Positivo, que quer fazer um tablet com Android. Mas por que a Apple teria medo de um tablet da Positivo? É que, segundo a fonte da Veja, a Apple quer “fechar um contrato com o governo federal” – como a Positivo fez no programa Computador para Todos, só que para tablets. Você já sabe que o governo quer popularizar os tablets, e aparentemente as isenções fiscais que a vinda da Apple vai receber serão compensadas com um “generoso desconto aos alunos das escolas estaduais” de São Paulo. iPads em escolas públicas no Brasil? Vamos ver se isso vira mesmo realidade.
Por que fabricar no Brasil?
A Hon Hai/Foxconn/Apple pode até receber isenção de imposto, mas será que não vale mais a pena produzir na China e importar? A Exame explica que fabricar produtos eletrônicos no Brasil faz sentido porque produtos acabados são taxados mais pesadamente que os componentes. Se o governo conceder isenção fiscal, o preço de um aparelho made in Brazil pode ficar até 31% menor que um importado.
Para a Apple ter tanto interesse no Brasil, eles teriam que acreditar não só na força do mercado brasileiro, como no Mercosul também. Só que a Argentina vem aumentando as tarifas de importação de produtos feitos no Brasil; o Paraguai, bem, eles importam da China; e o Chile, membro associado do Mercosul, tem acordo de livre-comércio com os EUA – então até onde sabemos, eles poderiam comprar mais barato dos EUA que do Brasil. Será que só aspossíveis  vendas para o governo brasileiro compensariam uma fábrica no Brasil? Afinal, o mercado interno para tablets, fora de programas do governo, não é grande o suficiente para justificar uma fábrica no país.
Daqui a alguns anos
Estamos céticos em relação aos rumores. Claro que queremos produtos da Apple mais baratos, e fabricar eletrônicos no Brasil ajuda a indústria nacional, então se os rumores se confirmarem, teremos aí uma boa notícia. A Apple tem sinalizado uma nova abordagem em relação ao mercado brasileiro, trazendo o iPhone 4 e MacBook Air a preços mais baixos que o esperado. Mas será que nosso mercado vai se expandir tanto nos próximos anos que se justifica instalar uma fábrica no Brasil para os produtos da Apple?
Bem, se os rumores estiverem certos, não espere produtos da Apple made in Brazil tão cedo. Segundo o jornal Bom Dia e o China Times, a nova fábrica só entrará em operação em 2013. Ou seja, provavelmente não veremos o iPad 2 sendo produzido aqui – quem sabe o iPad 4, se tudo se confirmar. 

Pesquisa do Google diz: a maioria dos usuários de tablets o usam à noite, durante a semana, para jogar

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Chegar em casa à noite, cansado do trabalho, se esparramar no sofá e ver TV. Se você faz isso, deve ser porque ainda não tem um tablet. Uma pesquisa feita pelo Google com 1430 usuários de tablets concluiu que a maioria do tempo de uso dos tablets é à noite, nos dias de semana — sim, o mesmo horário antes reservado à TV.
Não apenas isso, mas dos que usam os seus tablets com mais frequência à noite (62%) e nos dias de semana (69%), um em cada três respondeu que passa mais tempo com o  tablet do que com a televisão.
Mas o que esse povo fica fazendo com o tablet? A maior parte fica “brincando de joguinho” mesmo: 84% tem como a principal atividade os games. A navegação e consumo de informação (aqui acredito que entram também coisas como Twitter, Facebook, leitura de feeds etc) fica em segundo lugar, com 78%. Logo atrás, temos emails (74%). A leitura de e-books.
Por serem referentes a atividades primariamente de lazer, esses números já dão a dica: apesar do rótulo de “portáteis”, os tablets só são usados na rua por 11% dos pesquisados. Menos ainda usam no trabalho; 7%. Os 82% restantes usam primariamente em casa mesmo. Quase metade deles usam inclusive com mais frequência ou por mais tempo do que os seus desktops/notebooks (43%) ou mesmo smartphones (41%).
PB: A pesquisa mostra que o 3G faz pouco sentido mesmo, o problema da segurança no Brasil não é tão limitante (o povo usa em casa mesmo) e que ele não substitui o notebook, mas cria a “navegação de sofá”. E parece fazer sucesso com isso.  [Veja a pesquisa aqui, em PDF]

Youtube lança seu portal de Live Streaming

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Em 2005, o YouTube foi lançado pelos fundadores do PayPal, e cerca de 1 ano depois, vendido para o Google, por cerca de US$1,65 Bilhões de dólares, em uma possível tentativa da empresa de aumentar sua presença no mercado publicitário através de AdSense. Basicamente, o site servia para que os usuários pudessem compartilhar seus vídeos com outros usuários do mundo todo. Recentemente Canais especiais veicularam shows ao vivo, porém até aí, nada de muito regular. Agora, você será capaz de transmiti vídeos ao vivo no YouTube via LiveStreaming no seu próprio canal, ou seja, se você é vídeologger, vai poder apresentar seus vídeos ao vivo.
O gigante dos vídeos online, YouTube lançou dia 08/04 seu novo canal YouTube Live, que irá integrar as capacidades de streaming ao vivo dentro do YouTube. Por enquanto a nova ferramenta não estará disponível para todos os usuários e vai ficar disponível aos poucos, em parceria com canais selecionados pelo Google, para assegurar que o serviço funcione corretamente e até mesmo para neste primeiro momento, a empresa conseguir acompanhar melhor possíveis erros.
O serviço já havia sido testado anteriormente, com grandes shows ao vivo, como os que ocorreram no Brasil, tendo como exemplo o da Ivete Sangalo. Em nota, o YouTube afirmou que “O objetivo (do canal) é proporcionar aos milhares de parceiros, a capacidade de transmissão ao vivo de seus canais nos próximos meses, a fim de garantir uma experiência de grande fluxo de visualizações ao vivo”. No novo YouTube live também será possível que os usuários se inscrevam nos canais e marquem eventos agendados, para serem assistidos mais tarde através de alertas que vão lembrar os usuários que seu programa está começando.

Novo tablet da Acer com Honeycomb é mais barato que iPad 2

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Olha, pode ser cedo para dizer se o Acer Iconia Tab A500, tablet com tela de 10,1 polegadas, é bom mesmo, mas as especificações o colocam na elite dos tablets com Android Honeycomb: processador dual-core de 1GHz Tegra 2, 1GB de RAM, 16GB de armazenamento, tela LCD com resolução 1280×800, câmera frontal de 2MP e traseira de 5MP… E o preço de US$450 torna o Iconia o primeiro tablet de fato a concorrer em preço com o iPad 2, cuja versão mais barata custa US$499.
Ele perde pra concorrência no peso e na espessura (767g e 13,2mm), e teremos que ver se as 8h de bateria prometidas para reproduzir vídeo em HD não são otimistas demais. Mas a Acer sabe bastante sobre computação móvel: foram eles que ganharam o mercado de netbooks oferecendo um produto competitivo a preços mais baixos. Tipo… agora? É esperar pra ver.
O Iconia Tab está disponível apenas em versão com Wi-Fi; a versão com 3G deve chegar até junho nos EUA. Ele está em pré-venda nos EUA  por US$450, e chegará às lojas dia 24 de abril. Espere pelos reviews antes de comprar, mas se este for um bom produto, o iPad 2 talvez não reine absoluto em 2011. Leia mais sobre o Iconia Tab aqui: [Acer]

Até quando a imprensa vai escrever bobagens como essa?

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Observe o primeiro parágrafo de uma reportagem de destaque do jornal O Globo:
RIO – A troca de e-mails de Wellington Menezes de Oliveira está sendo analisada pela equipe da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI). Além da quebra do sigilo do correio eletrônico do assassino, os investigadores conseguiram rastrear um blog feito por Wellington, que usava a página na Internet para disseminar mensagens desconexas sobre religião e jogos como GTA e Counter Strike (CS), onde o jogador municia a arma com auxílio de um Speed Loader, um carregador rápido para revólveres, usado por ele no massacre de alunos na Escola Municipal Tasso da Silveira. Nos dois jogos, acumula mais pontos quem matar mulheres, crianças e idosos.
Os repórteres Antônio Werneck e Sérgio Ramalho obviamente nunca jogaram os GTA ou Counter-Strike, que sequer têm um sistema de “pontos”, crianças ou speed loaders. Mas eles estão fazendo a “obrigação” da imprensa: achar uma explicação mais elaborada para algo com uma explicação bem simples. O assassino de Realengo era um psicopata (ou, mais provavelmente como lembraram, um esquizofrênico em um surto psicótico), sem empatia, louco. Os detalhes serão interessantes para estudantes de disturbios mentais. Para a imprensa, acabou, não há muito mais de relevante a reportar a não ser a necessidade de sangue no Hemorio ou a dor das vítimas. Se ele gostava de videogames violentos, se era fanático religioso ou se tinha barba grande são detalhes que satisfazem a curiosidade mórbida do grande público que consome essas notícias com a mesma voracidade que acompanha a final do BBB, mas não explicam a situação.
É bem verdade que do Massacre de Columbine, nos EUA, para cá, a mídia evoluiu. Até bem pouco tempo atrás pareciam ser os videogames violentos os principais inspiradores de crimes do tipo. Mas agora ele é coadjuvante: e se você tiver o estômago para ler a reportagem de O Globo ou ouvir o Datena na Rádio Band, vai ver que o videogame só ajuda a “compor” o perfil do psicopata. Porque agora o que está na moda é culpar o fanatismo religioso. Mas devemos patrulhar a imprensa para evitar que continuem repetindo bobagens do tipo, antes que a “opinião pública” ressuscite leis anti-videogame.
A superexposição do caso e da intimidade do rapaz só satisfaz a curiosidade mórbida e vira combustível para gente raivosa, como os que picharam a casa dos familiares de Wellington. Devemos deixar isso de lado e discutir um controle mais rigoroso da venda e porte de armas (o exemplo da Inglaterra, motivado por tragédia semelhante, é interessante) e uma campanha para educar as pessoas a detectarem e tratar  jovens com transtornos psiquiátricos. Bobagens como a reportagem d’O Globo só desinformam.