No Japão, a Nintendo lançou o Famicom em 1983. Além dos dois controles, o videogame acabou ganhando um teclado – o que ajudou a sustentar o slogan de “o computador da família.” A versão lançada no Ocidente, porém, era bem diferente.
A Nintendo queria levar o Famicom para a América do Norte e, inicialmente, entrou em contato com a Atari para uma possível parceria. A nova máquina teria a marca “Atari”, mas o hardware e o software seriam criados pela Nintendo. O acordo nunca se concretizou, e então a dona do Super Mario seguiu em frente com seus próprios planos.
O objetivo da empresa era criar uma máquina sofisticada. Seria um passo adiante do Family Computer, já que teria teclado, um controle, uma “arminha” (light gun) e até mesmo um gravador de fitas. Esses acessórios eram sem fio, inclusive – funcionavam com infravermelho.
Com a popularidade do MSX no Japão, tanto como videogame quanto computador, a Nintendo lançou o Family Basic em 1984 – ele tinha um teclado e permitia alguns “exercícios” de programação. Aparentemente, a Nintendo achou que os jogadores norte-americanos também queriam algo mais “tecnológico” em vez de simplesmente um videogame.
Em 1984, então, a empresa japonesa apresentou o “Advance Video System” (AVS) (foto do topo). O protótipo foi exibido uma única vez, na feira de eletrônicos Consumer Electronics Show (CES), e parecia mais um computador do que um videogame. A recepção na CES foi morna, e a Nintendo descartou o projeto. No ano seguinte, ela retornou com uma nova versão do Family Computer e o robozinho R.O.B (Robotic Operating Buddy). As ambições da empresa no quesito “computadores” continuaram no Japão, onde ela lançou o Family Computer Disk System, em 1986 (acessório que lia discos flexíveis). O AVS, porém, nunca chegou ao mercado. Uma das poucas chances de ver um desses de perto é ir até a Nintendo World Store em Nova York, que tem a raridade em exibição.
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